Disputou-se no passado domingo, a última competição regional da época de 2012, o Triatlo do Funchal. Para os escalões superiores, a prova foi disputada na distância olímpica, enquanto os mais jovens cumpriram as distâncias dos respectivos escalões.
Com distâncias algo irregulares (segmento de natação superior a 1700 metros e a corrida com meia volta a mais que o necessário, bem mais perto dos 11 do que dos 10 Km, a que se juntou a alteração do segmento de ciclismo de 10 para 15 voltas mais curtas (devido às obras que decorrem junto à Praça da Autonomia), a competição acabou por saldar-se por tempos finais bastante fracos, que nada tiveram a ver com os realizados no Triatlo Olímpico de Machico, disputado em Maio.
No segmento inicial, João Viveiros e Bruno Freitas, ambos do Ludens, dominaram os acontecimentos, saindo da transição com pouco mais de 1'15'' sobre os perseguidores, onde se incluia o colega de equipa Carlos Nóbrega. No ciclismo, o duo da frente entendeu-se na perfeição, enquanto atrás um grupo alargado de atletas, que incluía ainda Paulo Margarido (CAvM), Roberto Lúcio (CDES) e Duarte Martins (GDCorticeiras) demonstrava alguma falta de entendimento, o que contribuiu para que fosse perdendo tempo em relação ao duo da liderança. Já nas voltas finais, João Viveiros seria parado pela equipa de arbitragem, devido a irregularidade com os extensores que levava montados na bicicleta, ficando Bruno Freitas sozinho na liderança para a corrida final. Pouco mais de 3 minutos depois, desmontava o grupo perseguidor, ao qual se havia juntado entretanto Miguel Mendes (CDES). Carlos Nóbrega rapidamente impôs o seu superior ritmo na corrida, arrancando em busca da liderança da prova, que viria a alcançar na 3ª das 4 voltas do percurso, vencendo de forma folgada e demonstrando uma vez mais a sua superioridade em relação à concorrência na presente época desportiva. Bruno Freitas, com um final época mais dedicado ao ciclismo, acabou por pagar a falta de preparação específica, terminando na 2ª posição e com um balanço final de época bem aquém dos objectivos iniciais. Com a desclassificação de João Viveiros, seria Fernando Teixeira a fechar a classificação colectiva da equipa, sendo 3º nos veteranos 1 e 13º da geral, numa época muito condicionada por lesões. Élio Costa terminaria a sua 2ª prova na distância olímpica no 15º lugar da geral e 7ºsenior.
Colectivamente, o Ludens venceria a prova nos masculinos, enquanto no sector feminino, Marília Aveiro e Marisa Alves não marcaram presença na prova, uma vez que estavam já em Lisboa para o início do seu curso universitário.
Nos juvenis. cuja prova se disputou em conjunto com a prova aberta e abriu a manhã de competição, verificou-se e uma corrida muito extensa, com cerca de 3 Km, Diogo Nóbrega venceu uma vez mais, Bernardo Freitas foi 4º classificado, Filipe Oliveira 6º , Pedro Lima 9º e Pedro Pereira 10º.
Nas provas dos mais jovens, os precalços, enganos nos percursos, no número de voltas e nas classificações foram a nota dominante das várias provas realizadas, demonstrando uma vez mais os problemas da organização e a descoordenação com os elementos da arbitragem da prova. Nos benjamins, onde os atletas cumpriram diferentes percursos e distâncias na natação, João Marote seria uma vez mais o vencedor nos masculinos, Nilton Freitas terminaria no 4º lugar e Bernardo Vilela na 9ª posição. Nos femininos, Madalena Castro seria 2ª, Luísa Catanho 3ª, Oriana Furtado 4ª, Leonor Catanho 8ª, Mariana Góis 10ª, Vitória Góis 12ª e Francisca Caroto 15ª.
Nos infantis, onde alguns atletas cumpriram apenas 1 volta das 2 de corrida e sem qualquer penalização pela organização, Luna Freitas foi 5ª, Inês Pereira 7ª (embora surja na 8ª posição na classificação oficial), e Afonso Gouveia 6º nos masculinos.
Nos iniciados, prova em que um grupo de 4 atletas que lutava pelas posições de pódio não contornou a zona de retorno do segmento de ciclismo, Afonso Marote embora tirando proveito deste acontecimento, viria a realizar a sua melhor prova na época, sendo 2º classificado, e Lisandra Alves seria também 2ª, batida desta vez por Beatriz Pereira (CDES).
Desta forma, e como balanço da época a nível regional, merece destaque a vitória do Ludens Clube de Machico em ambos os sexos, tanto em termos individuais (Carlos Nóbrega e Marília Aveiro) como colectivos (Campeonato Regional de Clubes em ambos os sexos), para além da conquista da 3ª posição no Ranking de Clubes Jovem, onde o CDESantana e o CFAndorinha apresentaram maior número de atletas.
Nota bastante negativa para a notória e progressiva redução do número de participantes nos escalões superiores da modalidade, e para as dificuldades da Associação Regional de Triatlo da Madeira ao longo de toda a temporada, na elaboração e cumprimento de regulamentos, distâncias, percursos, rankings, classificações e tempos finais, o que levou à existência de várias dezenas de erros nas várias competições organizadas.